sábado, 30 de janeiro de 2010

Á Dona Maria

Maria bonita, filha de Iansã Balé, tão culta sem saber as mal traçadas linhas, tão generosa mesmo sem poder prover, tão forte na fragilidade de seu corpo.
Maria de verdade, da lingua afiada e da coragem muitas vezes desafiada, como você faz falta!

Dedicado a Dona Maria, que em tão pouco tempo me deixou tantos ensinamentos e que agora descansa ao lado do Pai.

29/01/10

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

quase fim



Saber-me perdendo você está me causando uma dor imensa. Tenho muito medo do dia em que você estiver completamente fora da minha vida. Durante esse tempo todo você foi o motivo dos meus sorrisos, das minhas lágrimas, dos meus sonhos mais singelos, dos meus planos mais concretos...caminhar sem esses elementos parece-me tão difícil!
Você me fez acreditar que qualquer vitória é mais saborosa quando vivida a dois, que qualquer dor é menos pesada quando dividida por dois. Penso então como suportar isso tudo sozinha?
Mas você está indo embora e embora minhas pernas bambas teimem em me fazer cair, me manterei de pé e seguirei sem você. Talvez nos encontremos no futuro, e possamos dividir de novo as nossas historias, agora vividas em separado ou divididas com outro alguém. Mas ficará sempre a lembrança de momentos inesquecíveis vividos a dois, ou melhor, por nós dois

Quem é você

O homem pelo qual me apaixonei era doce e tinha um olhar que sempre me dizia que tudo iria dar certo. O homem pelo qual me apaixonei me amava e eu via esse amor em cada ato, em cada gesto. O homem pelo qual me apaixonei faria qualquer coisa para estar ao meu lado mesmo que por alguns minutos.
O homem que vejo hoje tem um olhar frio, me maltrata e nem sequer me olha. O homem que vejo hoje me usa quando convem e depois me larga. Ficou no ar uma dúvida: será que esse homem pelo qual me apaixonei nunca existiu? Será que tudo não passou de ilusão?

26/01/2010

Mais uma carta de desabafo



Primeiro senti uma raiva imensa, uma vontade de xingar, de te bater, de fazer você se sentir tão humilhado quanto eu na hora que a verdade veio a tona. Mas o tempo passou e a minha raiva rapidamente se transformou em uma tristeza profunda cravada nas minhas entranhas. E essa tristeza começou a doer em mim.
A cabeça girava e as perguntas não cessavam em aparecer. Por quê? Pra que? Gritavam vozes dentro de mim. E do lado de fora da minha cabeça uma tela mostrava nossas últimas conversas e a verdade que supostamente ouvi de seus lábios. Nessas horas tento fechar os olhos para não relembrar aquele momento em que de todo meu coração acreditei em você. Mas as imagens dos seus olhos marejados não saem da minha cabeça e o som da sua voz ainda ecoa em meus ouvidos. Eu te amo você falou repetidas vezes. Eu ouvi, e num lampejo de insanidade eu acreditei. E pensei: Meu Deus, obrigado, agora tudo vai se resolver. Tola fui eu, que me deixei ser levada por seus olhos traidores, por sua língua enganadora.
Mais uma vez fui ao chão chorei, rezei pedindo aos santos força para superar. E mais uma vez imaginei você rindo da minha dor, contando vantagens, isso se você ainda lembrar que um dia passei em sua vida. Me torturo pensando em você com mulheres, talvez falando as mesmas palavras de amor e promessas falsas que um dia me fez. E nelas talvez criando histórias de um futuro ao seu lado como um dia eu fiz.
Ah, como isso dói! Como eu queria poder apagar de dentro do meu cérebro toda e qualquer lembrança sua! Como eu queria apagar do meu corpo as lembranças do seu! Como eu queria tirar você do meu coração!


13/01/2010