quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mais uma carta de desabafo



Primeiro senti uma raiva imensa, uma vontade de xingar, de te bater, de fazer você se sentir tão humilhado quanto eu na hora que a verdade veio a tona. Mas o tempo passou e a minha raiva rapidamente se transformou em uma tristeza profunda cravada nas minhas entranhas. E essa tristeza começou a doer em mim.
A cabeça girava e as perguntas não cessavam em aparecer. Por quê? Pra que? Gritavam vozes dentro de mim. E do lado de fora da minha cabeça uma tela mostrava nossas últimas conversas e a verdade que supostamente ouvi de seus lábios. Nessas horas tento fechar os olhos para não relembrar aquele momento em que de todo meu coração acreditei em você. Mas as imagens dos seus olhos marejados não saem da minha cabeça e o som da sua voz ainda ecoa em meus ouvidos. Eu te amo você falou repetidas vezes. Eu ouvi, e num lampejo de insanidade eu acreditei. E pensei: Meu Deus, obrigado, agora tudo vai se resolver. Tola fui eu, que me deixei ser levada por seus olhos traidores, por sua língua enganadora.
Mais uma vez fui ao chão chorei, rezei pedindo aos santos força para superar. E mais uma vez imaginei você rindo da minha dor, contando vantagens, isso se você ainda lembrar que um dia passei em sua vida. Me torturo pensando em você com mulheres, talvez falando as mesmas palavras de amor e promessas falsas que um dia me fez. E nelas talvez criando histórias de um futuro ao seu lado como um dia eu fiz.
Ah, como isso dói! Como eu queria poder apagar de dentro do meu cérebro toda e qualquer lembrança sua! Como eu queria apagar do meu corpo as lembranças do seu! Como eu queria tirar você do meu coração!


13/01/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário